terça-feira, 27 de março de 2012

Rio Verruga - Vitória da Conquista

       Em Vitória da Conquista, o Rio Verruga que nasce na Mata do Poço Escuro, já nasce contaminado. Descendo rio abaixo, recebe outra quantidade de esgotos livres, formando um enorme canal a céu aberto, com lixo em abundancia na Av. Bartolomeu de Gusmão. Segue seu curso agonizante , contamina pequenos afluentes, córregos e mananciais, desemboca no Rio Pardo em Itambé, destruindo toda vida biológica, com uma grande quantidade de germes patogênicos, além de produtos químicos.
       Em 1996 o Poço Escuro e a Serra do Peri Peri, “pais” do Rio Verruga, foram Tombados como Patrimônio Ecológico, a pedido do Movimento Contra a Morte Prematura - MCMP. Pelo visto, as autoridades ainda não conscientizaram quanta a importância significativa deste Rio, servindo aos Índios Mongoiós, que habitavam na margem direita do Verruga até 1782, quando foram massacrados pelos Bandeirantes, hoje Pça. Tancredo Neves, onde queremos uma escavação arqueológica no local do massacre, entre outras localidades, para registros históricos e esclarecimentos óbvios. Na época, a água do Rio Verruga era um líquido insípido, inodoro e incolor, hoje tem gosto, cheiro e cor, prejudicando e destruindo espécies animais e vegetais, além de transmitir doenças para o homem.
       Na década de 40, seu curso era perfeitamente perceptível, mas, as autoridades foram canalizando para debaixo da terra, mudando seu curso e a beleza de sua existência. “Conquista é a única cidade no mundo que conseguiu esconder um Rio! E o pior, sobrevivendo, não se sabe como! Nesse caso, seu nome deveria ser mudado para Rio Valente!” Idealiza o Ambientalista do MCMP André Cairo, que acionou o Ministério Público, com um requerimento, solicitando uma Ação Civil Pública contra a Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista - PMVC, para que revitalize o Rio Verruga.
       Afirma ainda; “existem dois tipos de engavetamento: O de veículos, com vítimas fatais, perdas e danos. E o outro, o engavetamento de projetos importantíssimos e indispensáveis para o desenvolvimento e equilíbrio ecológico de uma cidade. Muitas vezes, o primeiro não pode ser evitado por questões técnicas, mas o segundo, depende unicamente das Autoridades, usando a consciência, lógica e razão, seguindo a ética, a moral e os bons costumes, diante da obrigatoriedade de proporcionar o bem estar da população, não se preocupando com o ego, interesses escusos, propostas desonestas, indecentes, usando o Cargo Público somente como emprego, e não como trabalho.” 


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